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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

CBF diz que funcionário da Caixa impede entrega das Taça da Bolinhas

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se pronunciou em seu site oficial sobre o imbróglio envolvendo a Taça das Bolinhas. Após o anúncio de um suposto sumiço do troféu nesta quarta-feira, a entidade que comanda o futebol brasileiro entrou em cena para explicar que busca a aquisição do mesmo e não cogitou sobre seu desaparecimento.

Na nota emitida, a CBF declara que tentou diversas vezes receber o troféu, mas a resposta da Caixa foi negativa em três oportunidades, com a solicitação de novas exigências para a liberação.

No último documento anexado à matéria, a entidade alega que o Superintendente Geral de Marketing da Caixa Econômica Federal, denominado apenas como Sr. Clauir, teria um projeto pessoal de marketing para realizar a entrega e por isso, mesmo após a CBF ter atendido todas as exigências, a Taça ainda não está sob sua posse.

“Para que seu projeto pessoal possa ser concretizado, o Sr. Clauir se recusa a emitir o parecer autorizando a entrega da taça, esperando que a Presidente da Caixa Econômica Federal possa entrar em contato com o Dr. Ricardo Teixeira, e assim tendo uma resposta positiva para o ato de marketing”, diz o documento.

Entenda o caso
Nesta quarta-feira, a coluna do jornalista Ancelmo Góis, do Jornal “O Globo”, afirmou que a Taça estaria desaparecida. Mais tarde, a assessoria da Caixa Econômica Federal, detentora da Taça, o troféu está guardado desde 1992 em um cofre, e ainda emitiu uma foto datada desta quarta-feira.

Concorrida
Flamengo e São Paulo disputam o “Troféu Caixa Econômica Federal” (nome oficial). Ele deveria ser entregue ao primeiro clube cinco vezes campeão brasileiro ou ao clube tricampeão seguido. O Flamengo conquistou seu quinto título em 1992, quando começaram os problemas.

A CBF, no entanto, não reconhece o título do Rubro-Negro de 1987. A briga aumentou em 2007, ano do quinto título são-paulino. O time paulista, no ano seguinte, ainda conquistou o tricampeonato seguido.

Em 2010, a CBF voltou a não reconhecer o título flamenguista de 1987 e decidiu que o prêmio iria para o São Paulo, o que ainda não aconteceu.

Resposta da Caixa

Após a nota da CBF, a Caixa Econômica Federal também se pronunciou sobre o caso. Confira na íntegra:

"Em esclarecimento aos questionamentos sobre o Troféu Caixa Econômica Federal (conhecido como “Copa Brasil” ou “Taça das Bolinhas”), a CAIXA informa:
A CAIXA realizou concurso, em 1975, vencido pelo artista plástico Maurício Salgueiro, para confecção do Troféu, o qual foi custeado com recursos próprios do banco.
Em cumprimento ao acordo firmado então entre a CAIXA e a Confederação Brasileira de Desportos (CBD – antigo nome da CBF), o Troféu seria entregue, pela CAIXA, em definitivo ao clube que primeiro conquistasse, por três vezes consecutivas ou cinco vezes alternadas, o campeonato brasileiro.
O acordo previa ainda que o Troféu fosse entregue, temporariamente, a cada campeão, sendo devolvido à CAIXA ao final de uma semana. No entanto, a partir de 1992, a cerimônia de entrega do Troféu não foi mais realizada, em atendimento a um pedido da CBF. Desde então, a CAIXA aguarda aquela Confederação se posicionar oficialmente com relação ao clube que tem direito ao Troféu Caixa Econômica Federal, para que este seja entregue, conforme acordo anteriormente citado".

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